novembro 11, 2007

A Tréplica

Em vista da deturpação de minhas palavras
Me vejo em direito de resposta
Já que esta é uma situação nefasta
Á qual não vejo outra solução
Senão me manifestar de antemão.

Os sentimentos que reproduzo no papel
E reflito no Espelho
São reflexões acronológicas,
Sem método de organização
Mas não sem destino.

Toda palavra tem emissor
E todo sentimento tem receptor
Mesmo sem querer recebê-lo.
Escrevo para e sobre meus amores
Que apesar da fidelidade
Foram de boa numerosidade.

É raro escrever sobr um ex-amor
Ainda mais quando este é alvo de rancor
E o emissor é um coração que não vive
Sem estar apaixonado.

O que tenho escrito
Tem sido por ti mal-interpretado.
Nosso namoro está morto e enterrado
E isso está mais do que ratificado.

Por isso não se exaspere
Desenhando a minha rua
E me pondo a alma nua.

Morreria de vergonha de mim
E de pena de ti,
Porque vi teu coração
Na estrada pela qual passei
E mesmo sem querer, pisei
Porque não sabia mais como mostrar
Que não quero mais voltar.

Mas saiba que se doeu em ti
Doeu ainda mais em mim
Porque te amei, nunca menti
E jurei nunca desfazer do amor.

Porém nunca pensei que estaria aqui,
Impassível e rancorosa
Machucada e temerosa
Diante da súplica do amor.

11/11/07

Poesia tem que ser interativa com o público.Poesia faz sentir.Pois que seja.Pois que o faça.

novembro 03, 2007

Mea culpa

Mea culpa, mea culpa
Queria te lamber todo
Até eriçar todos os teus pêlos,
Até você sucumbir aos meus apelos.

Mea culpa,
Eu pequei?
Assumo meu desejo
E permaneço no ensejo
De possuir você.

Nem me reconheço
Quando estou do teu lado.
Assumo algo em mim
Há tanto abandonado,
Algo que eu julgava esquecido.

Mea culpa,
São mentiras!
Me fiz de inocente,
Pra te ganhar mais facilmente...

Te levei a esse engodo,
Mas que abençoado jogo!
Te sorriso não me engana,
Você também queria estar aqui.

Refletidos