Deponho aqui olhos exaustos
Eis que já gastei todas as palavras
de meu coração.
Tentei ater-me aos pedidos da alma,
Mas como sempre, tive medo.
Apavorei-me ao me imaginar
Percorrendo as cavernas escuras
E revelar os impropérios
Que habitam a alma miserável
De alguém que envelheceu precocemente.
Acreditei tanto que o Reino dos Céus
Pertencia aos pequeninos, meu Deus
Que me desespero toda vez
Que percebo a mulher que me tornei.
Velha, amargurada e temerosa.
Toda vez que tento dar um passo
Em direção ao amor, à felicidade,
À solidariedade e à caridade,
Penso e hesito
Quando deveria apenas agir
Com meu coração.
Este que está cansado
E decepcionado.
Este que já nasceu frustrado
Com a raça humana,
E agora não sabe mais confiar.
E deste aviso faço uma oração:
Velai pelos corações cansados, Senhor.
Demonstrai-nos o amor incondicional,
E não nos deixei falahr.
Permita-nos, sempre,
Amar e acolher,
Sem mesuras nem preconceitos.
RJ, 15/08/06
agosto 25, 2006
agosto 11, 2006
.:: luxúria ::.
Um toque, um tecido
Um luzir de estrela
Um laçarote
Um fetiche.
Pele, suor e cabelos
São um amálgama brilhante,
Que guiam no breu.
Guiam minhas mãos
Teus lábios e meus afagos.
Urgência que assola,
Palavras que não se completam,
Suspiros que dizem tanto,
E do começo ao fim
Meu corpo exala a luxúria
Que desperta a tua loucura.
Um luzir de estrela
Um laçarote
Um fetiche.
Pele, suor e cabelos
São um amálgama brilhante,
Que guiam no breu.
Guiam minhas mãos
Teus lábios e meus afagos.
Urgência que assola,
Palavras que não se completam,
Suspiros que dizem tanto,
E do começo ao fim
Meu corpo exala a luxúria
Que desperta a tua loucura.
agosto 03, 2006
It stops, it stops...my heart stops beating...
Onde está a poesia do coração?
Da lama pulsante, vida soprada religiosa?
No caos e bagunça de um quarto de brinquedos
Se escondeu a dama furta-cor num redemoinho
De pensamentos e esconjuros.
Entranhou-se em selva de vime,
papéis e fogo.
Tantas matérias viu,
E tantas sensações fugazes sentiu,
Que se perdeu em uma aurora boreal
De acontecimentos e então...
Ah! E então!
Então tocou sua mão
Na mão de um ser ali
Parado ali
Quietinho ali.
Dedos que se unem
Sorrisos que se encontram
Estamos sós.
Eu,poesia e mais um.
Como pode ser tão perfeito
Sendo tão sociável, tão não-solitário?
Não entendo.
E continuo assim, sem entender.
Tentando encontrar a menina
Que se perdeu.
Ela me encontra em alguns momentos do dia.
Me leva a dama furta-cor
E seca eu fico,
Aguardando ansiosa e desesperada
Ser eu mesma de novo.
Da lama pulsante, vida soprada religiosa?
No caos e bagunça de um quarto de brinquedos
Se escondeu a dama furta-cor num redemoinho
De pensamentos e esconjuros.
Entranhou-se em selva de vime,
papéis e fogo.
Tantas matérias viu,
E tantas sensações fugazes sentiu,
Que se perdeu em uma aurora boreal
De acontecimentos e então...
Ah! E então!
Então tocou sua mão
Na mão de um ser ali
Parado ali
Quietinho ali.
Dedos que se unem
Sorrisos que se encontram
Estamos sós.
Eu,poesia e mais um.
Como pode ser tão perfeito
Sendo tão sociável, tão não-solitário?
Não entendo.
E continuo assim, sem entender.
Tentando encontrar a menina
Que se perdeu.
Ela me encontra em alguns momentos do dia.
Me leva a dama furta-cor
E seca eu fico,
Aguardando ansiosa e desesperada
Ser eu mesma de novo.
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