Minha querida!
E eu que te julgava perdida.
te encon trei na madrugada chuvosa
Ternamente extasiada
Em me ver de novo.
E nos abraçamos,
E fizemos amor na noite molhada,
Ansiosas pra principiar novamente
O dueto harmônico de outrora,
Sem nos importarmos com a vinda da aurora.
E percebi, então
Que você sempre ali esteve.
Na noite pintalgada de estrelas,
No dia escaldante do Rio,
Nas escadarias da Lapa,
Enquanto me entorpecia das coisas mundanas.
E me agarrei nos teus cabelos,
Cheirosos de vogais.
Teu corpo exalando sonetos
Tua cor proclamando versos
Teus dedos imprimindo estrofes,
E eu, tonta, te sorvendo.
23/12/2004.
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2 comentários:
Feliz (re)encontro!
Um reencontro como esse só poderia se dar mesmo assim: com(o) uma paixão dionisíaca, arrebatadora. É muito bom te ler novamente!
bjs
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