Na rua das margaridas
do bairro das flores
tem uma casa rosa
Aonde não há amor.
As pessoas lá dentro
estão sempre muito cansadas
para se dar as mãos,
para trocar beijos e carinhos
e palavras doces.
Há, sim, troca de críticas,
olhares hostis,
cumprimentos obrigacionais
e ouvem-se risadas ocasionais.
E cada um, no seu aposento
Chora solitário,
sem alento.
Embora não falte nada,
nem roupa, nem comida
nem etiqueta, nem abrigo
há sempre sorriso fingido
e dedo cutucando ferida.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Refletidos
As imagens anteriormente refletidas
Digitais no espelho
- a Gabi escreve bem.mas não desenha
- A meia verdade de Danilo
- As necessidades de Adrielly
- Boneca de pano da Ju
- Cores e Colírio - santuário da Dara
- Crackpot ideias de Andira
- Dani, a diva anti-diva
- Destinos
- Dicas de Monica Paz
- Dicas de mulher
- Diário do Rio
- Dora, ladra de palavras
- Google News
- Gravata pensa como eu
- Hiato de Luiz
- Hoje a Cris Guerra vai assim
- Iara Luna pensando, ouvindo,dizendo.
- Imaginação de Tunai
- James Pizarro
- Marcelo Tas
- Mariconas!
- Moda Brechó
- Moda Mix da Ju
- Nada é por acaso, segundo Maria Borges
- Notícias de literaura - Flávio Moura
- Néctar da flor de Rê e Jota-Cê
- O nome dela não é Naty
- Os astrolábios que guiam Henrique
- Paracetamol
- Pensamentos coloridos da Moni
- Persona non grata
- Poesia Residual
- Retalhos sem tempo, de Zorbba e Aline
- Só imaginação
- Toca da Serpente
- Vitrola News
- Xuxudrops' Blog
3 comentários:
"Embora não falte nada,
nem roupa, nem comida
nem etiqueta, nem abrigo
há sempre sorriso fingido
e dedo cutucando ferida."
Me lembrou a minha casa.
=)
Cada um no seu canto e quando
se quer chora cada qual sozinho.
x)
Privacidade demais vira solidão.
Adorei as rimas!
Esse poema é tão atual... e quase universal. Essa semana eu tava lendo umas páginas de um romance da Fernanda Young ("Cartas para alguém bem perto"), onde se falava nisso, nos cumprimentos obrigacionais, nas reclamações desnecessárias, no esquecimento das coisas boas...
Bjins!
Engraçado, me faz lembrar a minha própria casa . . .
Postar um comentário