fevereiro 11, 2009

Auto-estrada




Na eterna busca de mim mesma
permaneço em plena jornada.
Mesmo procurando a esmo
Nunca esmoreço, nunca me canso.
Porque eu posso estar em você,
no vento e na relva
em toda gota de chuva miúda
que sucede a festa do raio.

Eu posso ser orvalho no galho
e a gente que anda apressada nas ruas.
Mas ainda sou pequena, menina e crua,
rusticamente tosca
como pedra detentora de luz fosca,
que ainda não rutila
mas há de brilhar.

Por isso, não me canso.
Ainda me busco.
E como alma criança que sou,
andando pelo caminho,
ainda me distraio, me divirto,
aprendo atalho e labirinto.

Refletidos