agosto 07, 2005

Avô

Semeia, semeia, avô
A terra dos antecedentes
E garante-nos a ceia.
Deu estudo e rigidez,
Mas conduziu tudo pelo amor.

Dez noites de amor
Garantiram dez crias em vosso lar.
Com braço forte na lavoura e na cinta
Palavras duras mas bem certas,
Contou-me histórias sem fim.

Contou dos tropeiros de Passo Fundo
E eu lavando louça
Tentando ouvir o bramir sereno
Que escapava da tua boca.

O apelido que tu me deste
Jamais esquecerei.
E juro,ainda muitas palavras
Pra ti escreverei.

Porque homem bravo tu foi e és,
E tua coragem há de infectar meus filhos.
Que Deus te acompanhe nos últimos trilhos.

julho 31, 2005

Noite de São João

Voa, voa alto
Arauto de lu z.
Estoura em vermelho-sangue,
Conta do meu coração
Banido da terra do amor.

São João soprou
E o balão voou.
Carregou minha oração
Pra um dia meu amor voltar.

Um dia tive um bem.
Um moço belo e terno,
De mãos grandes e macias
Que bagunçaram meu corpo.
De ala mansa e lágrimas,
Que prenderam meu coração.

Meu bem foi-se embora
E de seu paradeiro não sei.
Lá se vai o balão
Com a minha prece
Pra rever meu bem.

23/07/05

julho 16, 2005

da mão amiga

Quero te ajudar
Pois não creio que teu mundo novo
Te trará boa vivência.
E mesmo que traga,
Que dirá o arrependimento?

Porque não calarei
Aos nossos filhos
Tuas façanhas pelo mundo venenoso.
Tubos e tubos de alegria
E sortidas calmarias
E não divides com ninguém?

Apóia teu corpo em meus ombros
E diga: "Estou cansado."
Dar-te-ei água e um beijo
E companhia até escurecer.

Contarei histórias de outros como você
Heróis que morreram por uma causa sem nobreza
E que clamaram por um nome sem brasão.

Te acalmarei dos pesadelos
E segurarei sua mão.
Te levarei no médico
E te pedirei perdão.

Consolarei seus familiares
Com desculpas e pesares
E te amarei mais do que qualquer amigo
Pode amar .

Te direi o quanto valho
E não suportarei falhar.
Buscarei apoio na sabedoria,
Na fonta verdadeira dela,
Não nessa que você insiste em usar,
Falsa e inidônea,
Viciada de vontade.

E quando me odiares
Te amarei ainda mais
E morrerei sozinha,
Mas sapiente que não desisti,
E que cumpri a missão.

julho 06, 2005

da essência

Pobre de mim!
Fugiu-me a alma.
Antes a tivesse vendido ao capeta.
Mas não!
Entreguei-a a ti.
Emprestei-a pra você.

E tu a moldou ao teu modo:
Feiosa,sacana,bêbada e drogada.
Devolveu-me,
E de tanto nojo,
Joguei-a fora!

E a minha essência,
Menina boba e desenganada,
Agora anda chorosa e obsessiva
Ao meu lado,
Noite e dia,
Dia e noite.

julho 02, 2005

da agonia

Da onde ela veio,perguntas.
Veio da chantagem do amor.
Veio da perspectiva de nunca
Perder-me em você novamente, chacal.

Ergueu a guilhotina
E num grito:"Desce lenha!"
Decepou-me a razão.
Pois eis que não sai uma!
Nem uma linha inteligível sequer.

Conseguiste tornar-me perfeição.
Não tenho em mim um produto de razão.
Tudo o que era lóico e claro
Virou uma emoção una e ávida.

Por tua causa,
Perdi-me num continete sem palavras
Que definam meu estado.
Abandonei-me perdida,
E de quebra,
Deixei que tu fosses embora.

junho 29, 2005

negativa

Eu não quero mais escrever
Sobre como dói amar
Como corta a cdarne,
Lâmina sanguinára,
A saudade e o amor.
É tão clichê!

Eu não quero mais escrever
Sobre a morte vindoura
Que me afronta,
E a depressão mensal
-Agora eu sei que é mensal-
E costumeira.

Não quero mais umedecer
A ponta da pena em lágrimas
Brilhantes e chuvosas,
Insistentes!
Como que oriundas
De um cancioneiro sertanejo brega.

Mas não posso regozijar
Pulinhos de alegria,
Muitos menos sorrisos fartos
E abundantes.

Não posso fazê-lo
Se pairo pelas ruas
Quase sem destino
Esperando que um ônibus
Me atropele
E termine com a agonia
Em que vivo agora.

junho 27, 2005

meu abandono

Não posso abandonar a mim mesma.
Eu sou a tua cintura,
morena e cheirosa
com dobrinhas
que só eu percebo
e pintinhas que até hoje
só eu tive coragem de contar.

Eu sou as linhas do teu rosto,
aquelas que em outra poesia eu já desenhei.
Naquelas noites em que eu pensei
Que você era tão inocente quanto eu
E que tinha a mesma índole que eu.

Essas linhas passadas dedo a dedo,
que tracei na tua pele oleosa
enquanto eu ria dos teus preconceitos,
das tuas infantilidades,
da maneira que você me recriminava
por ser eu mesma.

Agora, eu sento aqui e te julgo
quando não tenho o mínimo direito.
E isso não sou eu.Não mais.
Eu sou a dor pungente,cortante e lancinante.
A dor que uiva nas ruas
em que passeioe toma vida na minha voz.

Vou ter que me abandonar.
Deus,bom Deus,dai-me forças!

junho 19, 2005

Cotidiano

Todo dia eu cuspo a pasta de dente.
Todo dia ela sai vermelha de sangue.
Todo dia é um sol bom.
Toda noite é uma estrela vazia.
Toda noite escrevo garranchos.

Toda noite faço a tentativa infame
De fazer algo bonito.
Sempre lembro de algo bom entre nós dois.
Faço listas sem razão ou base de experiência.
Sempre encontro razões pra minha carência.

Falta vitamina C pra minha gengivite.
Falta um não sei o quê entre a gente.
Falta eu ser mais menina.
Falta eu ser mais feminina.
Falta você ser maior,Tão pequeno você é...
Falta eu entender você melhor.
Falta você se conhecer melhor.

Eu quero dizer.
Foda-se!Eu disse.
Foda-se a técnica,a poesia ,a rima.
Foda-se o vocabulário , o abecedário e a tabuada.
Eu queria ser amada,
E agora que consegui,
Falta o quê mesmo?

Toda noite eu penso que acabou.
Mas todo dia algo novo começou.
A vida insiste em ser fases
De um casamento sem fim.
Não que eu queira o fim,
Mas acho que ele chegou,
E eu não vi.
Eu estava cantando,
E não ouvi a campainha tocar.

"I wanted you to stay ."

junho 10, 2005

My hand

And it would mean it all
If you were here tonight
And I could see your eyes
And gaze.

And all these thoughts of punishment
Would go away
And I would say
"Hold my hand".

So, the world would turn
A longer round
And everyhing would be
Better than now
Only if you could hold my hand.

So I ask of you
Don't be shy.
Look me in the eyes,
Kiss me good night,
And hold my hand all night long.

To Fabiano.

maio 25, 2005

Hera

Cada vez mais
A poesia está presente em tudo.
O que era antes um chiste,
Uma brincadeira de menina
Hoje é cada fôlego meu .

Já nem sei mais do meu amor.
Não sei se amo mais
O meu amado
Ou se amo mais o momento
Quando meu coração,
Apaixonado
Pega a caneta
E então tece um novo amor.

os versos são emaranhados
De hera verde e viscosa,
Espaçosa,
Que cresce muro acima
E tampa a visão da minha janela.

Em cada galho da hera
Há uma palavra,
Um recado,
Um suspiro,
Um beijo,
Um grito.

Todos eles invadem meu quarto.
Lentamente vão crescendo
Encarpetando a escrivaninha
Descendo o chão
Tomando a cama
E se enlaçam no meu dedinho do pé
Enquanto leio no sofá.

E a hera me toma,
Me possui.
Tal qual meu amado.
E eu cedo a ti,
Poesia.
Vem,amiga,cada dia mais.
Faz meus dias mais coloridos.

Sou feliz!Feliz!
Porque você cresceu
Na minha janela
Ainda mais que meu jasmim.
E te quero sempre assim,
Flor sempre-viva
Em mim.

13/03/05. Em homenagem ao dia da Poesia,14/03.

maio 23, 2005

A Morte

Odeio filmes de fantasmas.De gente que morre e fica assombrando aqueles que ficaram.Porque não é a realidade.
Quando alguém morre,ela simplesmente sai de cena.Sai de c ena,e deixa um vazio sem fim e inquietante na vida da gente.
Claro que é estranho, como se aquela pessoa só tivesse viajado pra longe.,e esqueceu de telefonar,mandar postais ou cartas.A pessoa esqueceu que tinha família e amigos e foi fazer um retiro espiritual no Tibet.
Mas essa inquietude que fica-a lembrança- incomoda de um jeito doce,quase divertido.Quando a gente lembra da pessoa.Lembra dos sesu defeitos, da sua loucura,da sua risada,das coisas que fazia na cozinha,das suas manias,da doença,nós vemos o que ficou.Ela vai e mbora mas isso fica.
Eu não queria falar de coisas tristes nunca.Mas elas acontecem,e nós temos que discutir.
Mas não deveos ficar tristes porque o filme está sem um dos personagens.A inquietude faz o resto dos poersonagens continuarem.
A lembrança dia que o personagem que falta vive um novo amanhã.

maio 15, 2005

Hoje á noite

Olhos vidrados na tela
Essa tela clara e conhecida
Emitindo raios gama e luz fria
Que nojo de mim!

O quê,afinal,é que procuro aqui?
Pensa pensa pensa.
Achou?
Não...
Sem resposta.

Eu mesma é que não é.
Já me achei há muito tempo.
Estava na esquina
Semana passada
Tomando sorvete.
Sim,eu!Era eu.

E então,eu me disse:
"Toma comigo, é só R$3,90!"
E eu respondi: "Ah,não.Estou de dieta."

Soneto aos Deuses da Justiça

Ô, Águia de Aia !
Inspira-me!
Que se não é tudo,
O Direito é quase tudo nessa vida!

Se até o maior objeto da poesia
Já não passa de um contrato antenupcial!
E a sede de conhecimento devora-me
De forma soturna e cabal.

E, de pacito, incute-me a necessidade
De ter e fazer justiça.
Intercedei por nós, brasileiros, ó Têmis!

Porque só se sabe sofrido um povo se com ele não se é justo.
E não há lugar em que haja tanto custo
Para se dar justiça a quem merece.


(16/02/05)

reminescências da infância

Lembra daquela novela, que tinha o Jorge Tadeu?Pois é.Eu vi essa novela. Devia ser uma menininha.E eu não entendia mesmo qual era daquelas mulheres.Por que tanto afã em beijar um homem, que, aparentemente está...morto?
“Mãe,é isso mesmo,o moço morreu?”
“Pois é.”
Hummm.
Algum tempo depois,anos talvez,meses,quem sabe,eu mesma,não me lembro,saí pra fazer uma exploração no quintal.Estendendo-me aos quintais vizinhos,afinal,ser criança tem como prerrogativa invadir propriedade privada todo dia,e muitas delas,de preferência.
O quintal daquela velha senhora ficava bem atrás do meu,atrás de um velho galpão,caindo aos pedaços,que assombrava a minha casa.
Crescendo,provavelmente através de obra oriunda das mãos da vizinha idosa,embaixo,exatamente,da minha janela,um pé de copos-de leite.
Lembro-me de olhar pra eles,e pensar em como eram branquinhos e bonitos.E como aquele talo amarelinho era diferente,a tornava feia,mas nobre ao mesmo tempo,aquela flor.
E desviei minha atenção pra algum barulho,para os passarinhos cantando eufóricos na copa da árvore ao lado.
Até que me ocorreu que aquela flor era igualzinha a daquela novela. E me perguntei por que na minha casa,nascia de um arbusto,e na novela,de uma árvore.Logicamente que pensei que a consultoria da Globo devia ter errado em alguma coisa.
Cheguei pertinho do arbusto,furtivamente,como se a vizinha pudesse me pegar no flagra- e poderia-, e arranquei uma flor.
Fiquei uns longos minutos observando aquela flor,que,pra mim,era grande.
Passei meus dedinhos nela,procurando,invasiva,por pólen.E cheirei.
“Será que se eu morder,se eu comer,o Jorge Tadeu aparece na minha casa?”....”Mas que besteira!Aparece nada!”.E ri,sozinha.
E mordi.E mastiguei.
“Meu Deus,a que ponto cheguei!Eu como qualquer coisa que meu olho enxergar e achar bonito!”
E a flor ardeu na boca,eu a joguei fora,saí correndo,pra beber água.
E me julguei uma boba por um dia inteiro...
Infância....tão bom!





Ah,o Jorge Tadeu não apareceu não.Embora eu sempre diga que sim,quando me perguntam.Infelizmente,essa história se espalhou .

maio 08, 2005

Desvairada

Ás vezes eu queria ser louca.
Louca louca louca!
Para não me atrelar
Aos arrebaldes de tudo
Para não me responsabilizar
Pelo inevitável!

Por que tudo não pára
Só um segundo
E vira nada?
Nada tudo será!
Expressivo e branco
É possível,moço?

Clarice, vinde a mim!
Um branco sereno
E vadio de sol!
Na terra de ninguém
Brila azul o céu
E diz: acabou!
Por que?
Porque na noite
Tudo faz sentido.

Versos simples
Para transmutar a loucura
De cada mente sã!
Oh,não!
Mais exclamações,mulher?
Não te aguento mais!

Não aguento mais!
Não poder dar aos filhos
Presentes de aniversário!
Os roubarei!
Da loja, os roubarei!

Por um dia
Ou uma vida
Queria ser louca louca
Alguém entendeu?

abril 23, 2005

Inspiração

Minha querida!
E eu que te julgava perdida.
te encon trei na madrugada chuvosa
Ternamente extasiada
Em me ver de novo.

E nos abraçamos,
E fizemos amor na noite molhada,
Ansiosas pra principiar novamente
O dueto harmônico de outrora,
Sem nos importarmos com a vinda da aurora.

E percebi, então
Que você sempre ali esteve.
Na noite pintalgada de estrelas,
No dia escaldante do Rio,
Nas escadarias da Lapa,
Enquanto me entorpecia das coisas mundanas.

E me agarrei nos teus cabelos,
Cheirosos de vogais.
Teu corpo exalando sonetos
Tua cor proclamando versos
Teus dedos imprimindo estrofes,
E eu, tonta, te sorvendo.

23/12/2004.

abril 11, 2005

Aluvião

Confundir alegria com tristeza
E de nada mais ter certeza
Desconhecer a sólida razão
Pela qual, dos olhos
Brota uma aluvião.

Arrastando água e gemidos;
Carregando íntimos suspiros;
Espalhando a eterna dor
De não se saber por quê.

E ele derrama lembranças no seu caminho
Faz estrada íngreme de lágrimas
Corre, descorre, passa e machuca.
E eu ainda sem saber a causa.

E alguém me faz o favor
De me lembrar série de motivos
Que mostrem a razão
Da minha aluvião...

E tudo se mistura, paciente
Com o monte de terra que vem, crescente
E a Natureza toma mais força,
Enquanto aqui dentro,
E sai deslizando os montes
Do meu coração.

E assim, meu pranto vira avulsão.
E não há quem acalme, não
Essa força do chão
Que me avassalou
Sem motivo, nem razão.

30/01/05.

fevereiro 20, 2005

Endereço do flog

Bem, não sei, mas eu fiz a suposição de quem talvez alguns gostariam de ver a minha cara, saber quem é que escreve essas coisas sem nexo aqui nesse blog mais sem nexo ainda.
Por isso, eu vou ceder o endereço do meu flog, pra aqueles que ainda não o têm.RS...

http://www.slahirasonspot.flogbrasil.terra.com.br

É que, pra falar a verdade, eu me lembrei de um livro, o "Clarissa", se não me engano, do Érico Veríssimo (eu sou apaixonada pelos livros desse homem, e do filho dele tbm.Conterrâneos,tem que ter no mínimo, admiração, não é mesmo?!), em que ela lê um livro de poesias,e imagina o autor como um homem lindo e rico.Ela tinha muita vontade de conhecê-lo, e de, finalmente, se apixonar,coisa que nunca tinha contecido com ela.Quando ela conhece a figura, fica muito desapontada, porque apesar de ser um homem galante,que fala palavras bonitas e românticas, é um homem gordo e careca.E ela demora muito pra descobrir isso!!!
Como eu não quero que nenhum curioso passe por esse tipo de caso deflagrado, experiência horrível, aí está o endereço supra-citado, pra que vc possa matar a sua curiosidade,OK?!

E agora, com licença, porque eu preciso visitar meu namorado,a saudade aperta e dói.

P.S: Não sei o que faço. Estou absolutamente sem inspiração pra escrever contos.


Recadinho: Ricardo, tem razão,dane-se a métrica! Eu nunca gostei de Parnasianismo mesmo...

fevereiro 12, 2005

lendo

Bem, eu tava lendo a minha "antologia poética" (eu tenho a maioria das minhas poesias,que eu escrevi em um determinado período,passadas a limpo em folhas grampeadas...hauahauh),e achei nelas algumas que 'podem',não digo que são,mas 'podem' ser exemplos de alguns estilos que eu gosto....Outras são algumas loucuras que eventualmente saem da mente...ihihihihi.....Então,lá vai.

A última poesia da "antologia poética"...

::: bilhete :::

Anos após esses
Vou revirar estas mesmas folhas
E a cada fantasma de palavra
E num suspiro abandonado
Vou dizer: - Como fui feliz!

"Fui.",sim. No passado será.
Porque toda coisa boa
Que a vida me traz,
Jogo fora,
Com medo de estragar.

O que fazer com a coisa mais perfeita da vida,
O amor?
Preservar ou estragar?
Que tal aprender a amar?

Obs: Depois posto outra que tem mais a ver com o meu momeno atual. Essas são bem antigas.

::: lamento ::: sem estilo.....meu estilo...hehehe

Ai,angústia!
Sai de mim.
Ainda se o corpo transbordasse
Na lágrima querida.
Mas não, maldita!
Entranha n'alma,
E me faz esquecida.

Obs: Esse poema eu fiz depois de ler alguns de Florbela Espanca....Acho que esse é o nome...agora me deu branco.É uma poetisa dos anos 20, que morreu muito jovem.

O Modernismo quando trata doa questão da interiorização da literatura,Sertanismo,e literatura Regionalista

No entanto, essa poesia é um exemplar muito curto dessa parte da literatura que eu gosto muito!
Falando nisso., a literatura brasileira é uma das mais ricas que eu já li,das poucas que eu li!

Enfim;...essa poesia é eternamente dedicada a minha prima Bianca.

::: sodade :::

A saudade é preta.
Verde-musgo.
É clarinho, no verão.
Minha saudade é Branca.

Modernismo e a desconstrução da palavra

::: cansaço:::

Ai, cansaço.
Ai,cansaç.
Ai,cansa!
Ai,can ... (suspiro)
Ai,Ca.
Ai,C.
Ai...
Que nada significa o cansaço
E mesmo assim
Tantas coisas cansam.

Modernismo

::: pergunta:::

Poesia é mais que alma
É mais que coração.
Poesia é carro.
É avião.

Romantismo :: 1ª fase

::: ùltima :::

Ai, que pior que um rio de pranto
É a única e derradeira lágrima!
É a última cena
Da dor em desespero contido.
Ai,angústia!
Eis que guardo-a comigo,
A lágrima triste e só
Para demarcar em nefasta hora
O clímax do torpor, medo e desespero.


Obs: Por favor, não liguem para a MINHA falta de estilo e métrica,porque eu nunca entendi métrica direito....rs.

Romantismo...talvez 2ª fase

:::Perdão :::

Perdoa,
porque nunca serei do teu desejo.

Se quiseres o pôr-do-sol
Serei o nascente.
Serei o dia radiante
Quando desejares a noite escura.
Se sonhares com dia de chuva,
Serei calor fatigante na rua.

E ainda se eu o fizesse
Só pra te contrariar!
Mas não.
Tu és inverno
E eu sou verão.
E não sou assim por vontade própria.
Ah, quem me dera se fosse!

Perdoa,
Mas nunca serei
Do teu desejo.

Fui acusada

Ahauhauhauha!
Ricardo disse que eu sou preguiçosa!!!Ahuahauuha!Me conhece há pouco tempo,mas sacou o espírito da situação aqui!
Eu sou preguiçosa,e posto meus trabalhos com "alguma" frequência no Toca da Serpente, do site Garganta da Serpente.
Ricardo, já que vc é o único vistante do meu humilde,modesto e conservador "broguete"..rs....atenderei seus pedidos,tá bom?!
Beijos no coração de outros que perambularem por aqui além do Ricardo!Ahuahauha!

janeiro 30, 2005

:::Sessão Poesia:: Fantasma :::

Fantasma da escuridão
Faz tua aparição,
Cura a minha febre,
E depois me abandona
Em minha cama.

Solita eu fico
Nessa noite de chuva
Nessa noite de calor
E de ausência de palavras.
O silêncio da tua boca
Denuncia teu segredo.

Mas tu é maldito,
Trocou meu amor
E a minha bondade,
Que você tanto preza,
Pela noite solitária
Pela noite tagarela,
Cheia de pensamentos.

Justo agora!
Quando mais te preciso
Você escapa portão afora,
Olhar confuso
E língua amarga,
Soltando brumas pelo cigarro.



Refletidos

As imagens anteriormente refletidas