Aqui me ponho em confissão,
pedindo também conselho.
Tem uma menina que me olha
Sorridente, no espelho.
E agora, amor?
Todos os meus versos
estão docemente corrompidos
por essa compleição.
Não há uma letra que não suspire
E contê-las nesse estado de euforia
parece um pecado, uma aberração.
E agora, amor?
Saltar dessa pedra - tão alta
e vencer qualquer vestígio
de medo e apreensão
parece a coisa mais certa.
Não viver esse momento
até que se esvaia a razão
parece irrazoável.
E agora, amor?
Toda noite insone
que eu não passe
a te observar dormir
parece sem sentido.
E agora, amor?
Na vitrola: Sara Bareilles_Gravity
janeiro 13, 2010
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4 comentários:
Eu te amo. Sempre, e pra sempre!
Teu N.
Primeiro parabéns pelo blog, poesias lindas e carregadas de emoção, você deveria publicar alguma coisa sabia... Enfim, a leitura é ótima.
Critica
O amor, nada de culpado tem, mas sim nós mesmos que vestimos ele com a armadura negra da decepção e mágoas. O amor deveria ser consultado antes de ser acusado disso, mas enfim, ele floresce sem ligar muito para isso, e nem pede permissão, quando percebemos - baziniiiga! Ele acontece. Da vida só temos duas certezas: "vinho acaba na boca e o amor acaba nos olhos, e isto é tudo que nos é permitido saber antes de morrer".
Moral da história: Viva sem arrependimentos, as vezes temos medo do passado, sem saber que o passado não liga muito para o que pensamos.
E agora? Os tempos são outros, mas compartilhamos a inquietação... e os hiatos.
beijos
belo e puro.
e um agora sem resposta,
além do amor.
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