novembro 11, 2007

A Tréplica

Em vista da deturpação de minhas palavras
Me vejo em direito de resposta
Já que esta é uma situação nefasta
Á qual não vejo outra solução
Senão me manifestar de antemão.

Os sentimentos que reproduzo no papel
E reflito no Espelho
São reflexões acronológicas,
Sem método de organização
Mas não sem destino.

Toda palavra tem emissor
E todo sentimento tem receptor
Mesmo sem querer recebê-lo.
Escrevo para e sobre meus amores
Que apesar da fidelidade
Foram de boa numerosidade.

É raro escrever sobr um ex-amor
Ainda mais quando este é alvo de rancor
E o emissor é um coração que não vive
Sem estar apaixonado.

O que tenho escrito
Tem sido por ti mal-interpretado.
Nosso namoro está morto e enterrado
E isso está mais do que ratificado.

Por isso não se exaspere
Desenhando a minha rua
E me pondo a alma nua.

Morreria de vergonha de mim
E de pena de ti,
Porque vi teu coração
Na estrada pela qual passei
E mesmo sem querer, pisei
Porque não sabia mais como mostrar
Que não quero mais voltar.

Mas saiba que se doeu em ti
Doeu ainda mais em mim
Porque te amei, nunca menti
E jurei nunca desfazer do amor.

Porém nunca pensei que estaria aqui,
Impassível e rancorosa
Machucada e temerosa
Diante da súplica do amor.

11/11/07

Poesia tem que ser interativa com o público.Poesia faz sentir.Pois que seja.Pois que o faça.

9 comentários:

Ricardo Almeida disse...

Toda separação é dolorosa. Toda dor é pessoal e intransferível. Caminhos que se fazem a dois às vezes bifurcam.
Boa semana!

Rodrigo de Souza Leão disse...

Oi Fernanda, Obrigado pela visita e parabéns pelo blogue. Sou do Rio tbm.

Danilo disse...

muito interessante do ponto de vista "ainda não acabou". gostei do blog, to reformulando o meu, pq perdi o anterior por problemas tecnicos. vi teu link no unico link q eu consegui salvar.

Fabiano C. Guerra Pereira disse...

"Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem...
Você não só não esquece a outra pessoa como ainda pensa muito mais nela..."
(M. Quintana)

Adrielly Soares disse...

Aff,
eu ia odiar ouvir isso,
mas eu entendo todos os seus motivos.

;*

Lu Morena disse...

Morto e enterrado. É péssimo quando alguém não se conforma com o fim. Eu imagino os fantasmas, coitados, tendo que comparecer em sessões de espiritismo, em cemitérios, em cerimônias indígenas, nos corpos daqueles que recebem espíritos ou onde quer que sejam realizados esses rituais de reencontro com os mortos. Pior ainda se o fantasma se recusa a aparecer e manda outro em seu lugar, com o simples recado de que não vai voltar, mas que o inconformado se recusa a entender.
Estou viajando, melhor parar.
Gostei muito desse texto, o tom, as rimas, a mensagem... Mas minha cabeça tá muito aérea pra formular um comentário digno.
bjins!

Cacau disse...

O fim do poema é triste, mas o conteúdo global está ótimo: temos às vezes que jogar as cartas na mesa mesmo para IMPÔR nossa opinião. Mulher submissa não dá! (hehe)

Valeu pelo comentário no meu blog!

Bjs.

Anônimo disse...

Valeu, foi bom, adeus!

bjos, xuuuu!

Aline Chaves disse...

passeando por uma série de links em outros blogs encontrei o seu. gostei muito. poesia é tão bom! tão leve...
virei sempre visitá-la

beijo!

Refletidos