março 17, 2009

A jangada




Quebrando as ondas de vidro
altiva e orgulhosa,
segue a jovem jangada.

Balança as velas ao vento
regozijando cada rajada
como se pente fosse
para o cabelo de uma bela guria.

O balançar do mar,
paterno, protetor
rebola a jangada
que se abandona
no seu sacolejar.

Tornam-se um, jangada e mar
e já não disputam, não competem.
Pois ela entende, sabiamente
que só assim pode avançar.

Só assim vai além-mar.

8 comentários:

Dora Casado disse...

Olá! Você tem vários blogs, né? Escolhi este de imediato pelo título, mas depois vou dar uma passada nos outros, tá?
Belo poema. Uma afirmação do princípio: Se não pode lutar com ele, junte-se a ele. Ao invés de subtraírem-se mutuamente, completaram-se.
Obrigada pela visita e tenha uma ótima semana.
Cheiro grande.

Ju disse...

Linda poesia.. sutil e de palavras marcantes....muito bom.
Beijos!

Ricardo Almeida disse...

Lindo poema! Ser jangada e mar, esse é o desafio.
beijos

Insolente disse...

tornam-se um...
que lindo =)

Van disse...

"Minha jangada vai sair pro mar... vou navegar, meu bem querer!"
Fiquei zonza com a foto!
beijos e obrigada pela visita!

Alessandra Castro disse...

E o mar sempre acalmará a alma.

Adrielly Soares disse...

eu continuo sempre gostando das coisas que você escreve.
Linda.
=*

Moni disse...

as pessoas tbm deveriam ser como ajangada e o mar... beijos

Refletidos