Viagens entediantes no ônibus renderam mais alguns capítulos pra história da assassina.
Se você quiser entender a estória, leia os posts anteriores, clicando no tag "da assassina" no canto direito da tela.
Espero que seja proveitoso e, mesmo que não seja, deixe seu reflexo. Curiosidade mata! rsrs
São 18:00h.
Alice olha pro alto.
-Olá, Dalva!, ela diz, fixando o olhar na pequena estrela, no alto do céu de Abril.
Faz calor e Alice está ali faz horas, mas ela permanece de tocaia no endereço dado por Luciana.Não pode deixar escapar a oportunidade de ver o seu alvo chegando.
Este serviço estava todo zicado, já pra começo de conversa.
Primeiro, as dúvidas de Luciana. Depois, a ausência de foto do alvo. O computador da menina foi infectado por um vírus e em uma formatação mal feita, sem backup, perdera todas as fotos do namorado.
Com a descrição do cara na memória, Alice aguardava pacientemente.Segundo Luciana, ele tinha viajado à negócios há três dias e voltaria hoje cedo, mas nada do cara "alto, forte, olhos castanhos, cabelos curtos, escuros e com uma tatuagem no braço esquerdo" aparecer.
Telefone. Era Luciana. O cara só vem amanhã.
-Merda, perdi meu dia.
***
O tempo anda nublado e abafado. Salsicha sempre fica preguiçoso quando os dias estão assim e ele ronrona encima do sofá-cama.
Na janela do apartamento, com uma latinha de cerveja na mão e um cigarro na outra, Alice olha pro nada. Ou pro concreto, daria no mesmo.
-Que falta me faz o sol,ás vezes...Queria ir á praia.Amanhã, quem sabe. Né, Salsicha?
Acarinha o gato, que mia baixo, como se respondesse.*
A chave gira na porta.
-O papai chegou!
O gato se contorce no batente da janela.
Alice corre até a porta e pula no colo do visitante assim que ela se abre. Tasca-lha um beijo, seguido de vários outros.
-Ai,ai,ai!, ele reclama, curvando as costas. Unha, unha, unha!
-Fez outra tatuagem?
Ele tira a camisa e mostra um mapa vintage perfeito, com pequenas ilhas, encostas, um navio.
Alice fica estupefata. Teria ele feito isso em sua homenagem?
-Ah, tem tudo a ver comigo,né?, ele diz ao reconhecer o olhar de orgulho e posse dela.
Ele é professor de Geografia.
-É verdade, ela diz, um pouquinho contrariada.Mas não deixa de ter a ver comigo também.
Ela posiciona a bússola que tem gravada no pulso no meio das costas dele, sorrindo furtiva.
*N.A.: Gatos vira-latas são os melhores. Eles correspondem com mais frequência á estímulos externos.
Arrebatada, escrevi a continuação hoje no trabalho. Não pude me conter. Minha agenda do trabalho está toda rabiscada, mas eu estou realizada e completa.E é isso que importa. Eu, feliz e Alice, viva.
abril 27, 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Refletidos
Digitais no espelho
- a Gabi escreve bem.mas não desenha
- A meia verdade de Danilo
- As necessidades de Adrielly
- Boneca de pano da Ju
- Cores e Colírio - santuário da Dara
- Crackpot ideias de Andira
- Dani, a diva anti-diva
- Destinos
- Dicas de Monica Paz
- Dicas de mulher
- Diário do Rio
- Dora, ladra de palavras
- Google News
- Gravata pensa como eu
- Hiato de Luiz
- Hoje a Cris Guerra vai assim
- Iara Luna pensando, ouvindo,dizendo.
- Imaginação de Tunai
- James Pizarro
- Marcelo Tas
- Mariconas!
- Moda Brechó
- Moda Mix da Ju
- Nada é por acaso, segundo Maria Borges
- Notícias de literaura - Flávio Moura
- Néctar da flor de Rê e Jota-Cê
- O nome dela não é Naty
- Os astrolábios que guiam Henrique
- Paracetamol
- Pensamentos coloridos da Moni
- Persona non grata
- Poesia Residual
- Retalhos sem tempo, de Zorbba e Aline
- Só imaginação
- Toca da Serpente
- Vitrola News
- Xuxudrops' Blog
2 comentários:
Fern.,
É isso que importa, ser feliz com a imaginação fértil dando frutos.
Parabéns, menina linda, você nasceu pra ser uma contadora de estórias.
Beijo grande.
Rebeca
-
ouso discordar de uma coisa: os gatos são todos falsos, os vira-latas, falsos e carentes. hehehehehe
Postar um comentário