abril 14, 2009

Intimidade

Como pude viver
Um dia que fosse
Sem a inquietude de Carlos
Sem o mar de Cecília
Sem o real de Manuel
Sem o surreal de Clarice?

É tão inesperado e vazio
quanto viver sem o barulho
da minha caneta que,
teimosa, circula o mundo.

E um dia, sem avisar,
se cala.
Se cala.
Com medo, como eu,
se cala.

4 comentários:

Unknown disse...

Estive por aqui aprendendo um pouco com o seu blog!!!
Abraço Ademar!!!

Cláudia I, Vetter disse...

que lindo poema...

me calei de sentir profundo;

e a ternura de um silêncio se exala... sutilezas de um mundo.

belo, belo!

;*****

Anônimo disse...

olá... belo poema, bela escrita...

Alessandra Castro disse...

Teu blog é tão lindo como um dakeles antigos papeis de carta. :)

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